O SEGREDO do Maçom
Perco a minha vida, mas não revelo os segredos!
Hiram Abiff, aos seus algozes
Existe um grande segredo na Maçonaria!
É com este segredo que o Maçon vive e o carrega no seu peito a partir da sua Iniciação. É nele que estão as raízes que alimentam a Sublime Instituição com que o Obreiro, ao chegar na plenitude Maçónica, está imbuído da coragem para vivenciar e lutar pelos conceitos que aprendeu na sua caminhada ascendente.
O reino da Maçonaria é como um tesouro incrustado na Humanidade. O Homem, após iniciado, o encontra e o mantém escondido, e, cheio de alegria, compreende que passou a fazer parte dele. A Maçonaria é, ainda, como a rede lançada ao mar que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. Assim acontece com a Maçonaria, que busca aqueles homens livres e de bons costumes, rejeitando os maus dos que são justos e de boa índole. Nas suas reuniões não são permitidas discussões políticas e religiosas, preferindo uma ampla base de entendimento entre os Homens a fim de evitar que sejam divididos por pequenas questões da vida civil e quotidiana.
Às vezes aparecem joios no trigo
Toda Iniciação, qualquer que seja a entidade, carrega em si mesma elementos de cultura social onde a mística se alia à tradição para orientar o seu círculo de acuidade, no qual o iniciado possa vivenciar a experiência espiritual a que se vai integrar. Esta experiência transcende a condição de profano (como é designado o não iniciado) e irá alcançar melhor compreensão dos segredos que ser-lhe-ão revelados. Na Maçonaria, espera-se do iniciado, dentre outras coisas, que seja iluminado e generoso e não buscar o seu caminho no simples aprendizado que irá receber mas, sim, em compartilhar e irradiar os seus conhecimentos, colaborando em projectos filantrópicos e melhoria da sociedade.
Desde os tempos imemoriais existem sociedades secretas. Elas estão presentes em todas as culturas, de todas as épocas, junto a todos os povos. Pode-se afirmar que é bastante provável que respondem a uma necessidade inerente à própria natureza do Homem que sempre buscou a sua conveniência com objectivos de encontrar aliados para reforçar ligações e relacionamentos que lhes permitam alcançar as suas metas.
Em termos culturais, é própria das sociedades corporativas a manutenção de um ambiente de segredos em relação aos seus elementos de interesse profissional. Inclusive, na própria vivência familiar. É prática, pois construir muros corporativos, normalmente protegidos por uma linguagem própria só perceptível aos próprios iniciados ou componentes das corporações e até em famílias. Toda organização tem os seus segredos, os seus assuntos reservados e as suas coisas confidenciais, que só interessam aos seus membros e aos seus associados. Uma empresa industrial tem segredos para proteger as suas patentes dos seus concorrentes. A Igreja Católica tem os seus segredos, que os bispos juram respeitar no dia da sua sagração e, também, elege o Papa em segredo.
O Colégio Apostólico, que era presidido pelo próprio Jesus Cristo, teve momentos reservados só para os discípulos e noutras oportunidades Jesus recomendou-lhes, textualmente, que não contassem a ninguém aquele “Grande Segredo” e as coisas vistas por eles. (Veja na Bíblia Mateus 12:15 e 16; Mateus 16:20; Mateus 17:9) Existem outros mais segredos citados na Bíblia. Exemplos: Daniel 2: de 16 a 30, Marcos-4: 9-10 e 11.
O “Segredo Maçónico”, que o adepto da Ordem deve preservar e guardar, é complexo, difícil de ser definido e localizado. Debaixo desta expressão colocam-se coisas bem conhecidas dos que delas quiserem informar-se, tais como ritos, senhas, juramentos diversos e variáveis.
O segredo da Maçonaria não se refere tão somente a confidências como muitos imaginam; ele vai muito além disto e é mais profundo do que se pode imaginar e possui raízes históricas muito importantes, que invocam a tradição multimilenar. Surgiu com a Construção do Templo de Salomão. É fundamental o segredo pois faz parte de juramento prestado quando da Iniciação. Entretanto, o verdadeiro segredo Maçónico, de facto, evidencia-se da relação íntima que todo Maçon tece no decorrer dos anos consigo mesmo, com os membros da sua Loja e com os próprios valores da Sublime Ordem. A tradição Maçónica abunda em exemplos dos fortes laços que unem os Maçons uns aos outros.
Na verdade, os Maçons têm meios que lhes são próprios de mútuo reconhecimento e realizam cerimónias privadas, que por óbvias razões não são acessíveis aos não Maçons. O sigilo acerca do que se aprende e ocorre nos Templos e Lojas Maçónicas ou entre os Irmãos, é o primeiro dever do Maçon, conforme o neófito ouve do Orador, no dia da sua Iniciação. E, por solene compromisso, ratificado no final de todas as sessões, os Obreiros prometem observar esta rigorosa e irrevogável regra e o conceito de honra pessoal obriga-os a continuarem a segui-la, mesmo quando saem da Ordem.
Na Maçonaria Operativa os segredos consistiam em processos, métodos e usos profissionais que deviam continuar ignorados pelos não iniciados, sob pena de privar os operários culpados de indiscrição do benefício de um longo aprendizado. O posicionamento, com estas proibições, era rigorosamente observado, e os profanos expulsos das obras em construção, quando postas em prática.
No século XVIII surge a Maçonaria Especulativa em substituição da Operativa, e conserva, desde as suas origens, as mesmas proibições com relação aos profanos.
Com base nestes conceitos, tanto da Operativa como da Especulativa, há os que definem o segredo Maçónico como indefinível, porque nenhum Maçon, seja de qual obediência ou potência, consegue dar uma definição única e simples desse segredo. Por ser iniciático, o segredo é um processo intuitivo, impossível de encerrar dentro de uma formulação qualquer.
Apesar de o segredo Maçónico ser colectivo, seguindo a lei absoluta de todos os segredos compartilhados, é tratado individual e misticamente, de maneira que nunca pode ser violado ou traído. O Maçon genuíno o usa, construtivamente, com sinceridade e fervor, com denodo e pujança, com firmeza e absoluta lealdade, em busca dos objectivos ministrados pela Arte Real. A Maçonaria só se revela aos seus verdadeiros adeptos. É de natureza única. Todavia, quem passa pela Instituição como se fosse um agrupamento qualquer, um clube social, uma agremiação de simples amigos, não pode conhecê-la somente permanecendo nela. (O joio !)
Os não iniciados (profanos) vêem-nos, em relação ao segredo Maçónico, de forma equivocada: acham que a Maçonaria, zelosamente, esconde os seus segredos, e, isto leva-os a interpretações presunçosas ao erro. Aos olhos dos insensatos, a Ordem convive com teorias conspiratórias que têm sido descritas desde o final dos anos 1700, e, que são classificadas em três categorias distintas: Políticas, normalmente envolvendo alegações de controle de governos. Religiosas, em geral abrangendo acusações de anti- cristianismo ou crenças e práticas satânicas. Culturais, mescladas ao entretenimento popular, onde entrelaçam vários símbolos e numerologia na cultura moderna, tais como em logotipos corporativos. Muitos escritores de teorias conspiratórias têm ligado os Maçons (e os Cavaleiros Templários) com a adoração ao diabo, cujas ideias foram baseadas em interpretações erradas das doutrinas das referidas organizações. A Maçonaria é rodeada de muitas lendas, mitos e enormes invencionices.
Se a realidade da Maçonaria é o segredo do Maçon, isto não significa que tenha de ficar escondido aos olhos do mundo. Ao contrário, uma das primeiras coisas que lhe é ensinado é que a Maçonaria é uma Instituição que tem por objectivo tornar feliz a Humanidade, através do amor, aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade dos povos, pelo respeito pelas autoridades e pelas crenças de cada um. Fica ciente de que está integrado a um grupo para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros. Ainda, glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade. Saberá que tem de estar pronto para promover o bem-estar da Pátria e dos Homens, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício. Para tanto, a Sublime Ordem é Universal e as suas Oficinas espalham-se por todos os recantos da Terra, sem preocupação, de fronteiras, de políticas, de religiões e de raças. Para a Maçonaria não interessa se o adepto tem religião ou, mesmo, se tem ou não uma. O que, realmente, importa, para a Sublime Ordem é a conduta perante o seu semelhante, a família, o seu trabalho, a sua comunidade e perante o mundo.
As características de um genuíno Maçon são Virtude, Honra e Bondade que, embora banidas de outras sociedades, estão sempre presentes no seu coração, calcadas na sua coragem sem abandonar a discrição. Não é sem razão e significado que, o brasão da Grande Loja do Estado de São Paulo, e de outras Potências e Obediências regulares, ostentam a citação latina AUDI, VIDE, TACE (Ouça, Veja, Cale), extraída do brocado latino Audi, vide, tace, si vis vivere in pace (ouve, vê e cala, se queres viver em paz). Esta citação está transcrita na magnífica flâmula da Grande Loja Unida da Inglaterra, estabelecida a partir de 1813.
Assim é entendido o segredo entre os Maçons! Que o Maçon é distinto! No meio da multidão é diferenciado ! Não é igual aos demais ! É o segredo que ele não apregoa. Guarda para si. Não canta as suas proezas de forma espalhafatosa nem de trombeta em praça pública. Está imbuído, nele, a máxima “Que a mão esquerda não saiba o que a direita faz !” A descoberta do verdadeiro segredo Maçónico, na realidade, acontece no silêncio do coração de cada Maçon, conciliado com a sua própria evolução mental e espiritual, e, com desdobramentos que influenciam a sua vida e as vidas das pessoas que o cercam e que vem a ser o grande mistério da Maçonaria.
Eis o grande segredo do Maçon !
E. Figueiredo – ARLS Verdadeiros Irmãos – 669 – (GLESP)
Bibliografia
- Bayard, Jean-Pierre – A Franco-Maçonaria
- Figueiredo, E. – Segredos Maçónicos (Trabalho)
- Moreira, Apolinário – Chave dos Mestres
- Tourret, Fernand – Chaves da Franco-Maçonaria
- Vannoni, Gianni – As Sociedades Secretas
- Vasconcellos, Jayro Boy – A Fantástica História da Maçonaria
- Bíblia Sagrada
- Rituais da Grande Loja Maçónica do Estado de São Paulo – GLESP
Fui Rosa Cruz,tenho interesse de dominar a minha mente,polir a minha pedra,como faço contato com a loja de Contagem no bairro inconfidentes,Minas Gerais.
Gostei muito do que eu li
Eu sempre gostei muito de coisas oucultas. Acho muito. Importantes estas coisas sei que esiste dois tinpou de maconaria quando apaga a luz a escuridao chega quando a escuridao chega. Aluz penetra porque e mas forte gostaria de fazer parte desta fraternidade