
Na Cidade do Vaticano, o Colégio dos Cardeais elegeu um sucessor papal há cerca de uma hora. O Sumo Pontífice da Igreja Católica Romana chama-se Leão XIV.
Já sabem isto, e talvez alguns de vós saibam alguma coisa sobre ele, mas eu não sei, para além de que é americano, de Chicago, e que os peritos previram que era muito improvável que um americano pudesse ser eleito. O que sei é que, da última vez que a Igreja teve um Papa Leão, este emitiu uma encíclica que criticava a Maçonaria numa linguagem tão forte que ainda hoje ecoa. Será que parte dessa reverberação se ouviu na escolha do nome do novo Bispo de Roma?
Sugiro-vos a leitura da Encíclica “Humanum Genus”, de Leão XIII, de 20 de Abril de 1884.
Não posso deixar de simpatizar um pouco com esse Leão anterior. Ao longo do século XIX, o poder da Igreja foi severamente cortado, das Filipinas à América Latina e à própria Itália, à medida que os combatentes nacionalistas da liberdade se libertavam dos seus respectivos jugos. Muitos dos líderes destas revoluções eram maçons: Rizal, Bolívar, Juarez, Mazzini, Garibaldi e outros.
Para uma compreensão da desconexão entre a Igreja Católica Romana e a Maçonaria, sugiro-vos também a leitura de Freemasonry and Roman Catholicism (Maçonaria e Catolicismo Romano), de H. L. Haywood, de 1943, não por ter sido membro da minha Loja, mas porque o seu estilo de escrita esclarece assuntos complicados.
Tomei nota do número 133 do Colégio de Cardeais, o que me faz lembrar
“Como é bom e agradável…”
Tradução de António Jorge, M∴ M∴
Fonte
- A origem dos conflitos entre a Maçonaria e a Igreja Católica
- A Maçonaria e a Religião – conflitos e convergências
- O cardeal Gianfranco Ravasi garante que a Igreja e a Maçonaria partilham valores em comum
- Explicação histórica sobre o Salmo 133
- Salmo 133: Uma reflexão mais profunda
Vocês se preocupam demais com a posição oficial da Santa Sé sobre a maçonaria…
Assim como Bento XVI deu um passo no sentido de reconciliação com os Templários, quem sabe Leão XIV não faz o mesmo com relação à Maçonaria?
É hora de haver respeito recíproco entre todos os caminhantes dos mais diversos caminhos.
Eu acho que este tá de “Sinoidal” aí se propõe a caminhar neste sentido.
Parece que os movimentos e segmentos estão começando a compreender que este mundo jamais terá um só governo, que terá que ter acordos. É muito para um só assumir a responsabilidade do todo.
A principio, a Arte Real, apesar de “invocarmos” o G.’.A.’.D.’.U.’., não é religião, mas sim um sistema filosófico cercado por forte simbologia e alegorias de alto cunho iniciático e moral. Religião, religiosidade e maçonaria jamais deve se misturar, uma independe da outra. O Maçom bem instruído nos arcanos da arte real não carece de professar nenhum tipo de religião, basta pois crer no G.’.A.’.D.’.U.’. ou “Deus” para os “profanos e na vida após a morte, o que é muito bem representado nas diversas Câmaras de Reflexão de vários Ritos que já praticamos. Se observamos, estudando Flávio Josefo (grande historiador do passado sobre os povos hebreus), e na atualidade Robert Ambelain, observaremos que o ser que deu origem, lá em 325, no Concílio de Nicéia, pelo então imperador Constantino, a assassina, famigerada e prostituta (segundo o apocalipse de São João), foi a maior mentira que perdura 2025 anos e o mundo todo abraçou esta mentira. Havemos que entender que Iesus (a letra “j” somente começou aparecer nos alfabetos em 1566) era um ZELOTE, GRUPO ARMADO QUE COMBATIA O JULGO DE ROMA NA JUDÉIA, E O ADVENTO DE SUA CRUCIFICAÇÃO ERA O CASTIGO DADO A LADRÕES E PRESOS POLÍTICOS, E TUDO O QUE SE DIZ DE FEITOS DELE, NÃO PASSAM DE CÓPIA DO SEU CONTEPORÂNEO APOLÔNIO DE TYANNA! Então papa ou não papa, nada deve influenciar no que ainda resta de maçonaria, sim…no que ainda resta, pois a maioria das potências perderam seu poder espiritual, material, social e quiçá político é só observamos como o mundo esta caminhando, a passos largos e sem futuro.
AINDA SOBRE A INCOMPATIBILIDADE E A NEGATIVA DO CATÓLICO SER MAÇOM PELA IGREJA
“No ofício de Grão-Mestre adjunto, Desaguliers contribui ativamente para a redação dos primeiros rituais. Introduziu nestes a ideia de que os maçons operativos faziam do trabalho, como um ato nobre, um dom de Deus, e não, como se pensava até então, como uma maldição, um castigo devido à expulsão do paraíso, como está no Gênesis (4:17-19). *Por falar em Deus, a expressão GADU, apesar de ter sido introduzida por Anderson, tem também o dedo de Desaguliers, pois o referido conceito – GADU – facilita a introdução do deísmo na maçonaria nascente, substituindo o teísmo católico, tão bem professado pelos maçons operativos, reforçando assim o anglicanismo que era um pouco mais aberto à tolerância do que a religião de Roma. Convém ainda salientar que o deísmo é mais professado entre os cientistas crentes do que o teísmo, o Deus de Leibniz, de Spinoza, de Einstein, dos cientistas enfim, não é o mesmo Deus de Abraão, Isaac e Jacó.* E Desaguliers como cientista…”
(FONTE: https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2017/06/07/quem-foi-jean-theophile-desaguliers/)